por Robert Steuckers
(2024)
Conheci Guillaume Faye em Lille durante o inverno de 1975-1976. Em uma sala da metrópole da Flandres galicana, ele proferiu uma conferência sobre a independência energética da Europa. Um tema que sempre lhe foi caro, defendendo incansavelmente uma autarquia energética baseada principalmente na energia nuclear, como queria a França desde os anos 1960. A independência energética proporciona poder, palavra essencial em seu discurso, que permite escapar da submissão à hegemonia americana. Se há submissão e não poder, seguem-se o declínio, a decadência e a extinção. Possuir poder permite gerir, administrar e enfrentar a realidade. Faye sempre se declarou "realista e aceitante".
Mais tarde, especialmente a partir do ano fatídico de 1979 (e aqui explicarei por que foi fatídico), tivemos longas discussões sobre temas geopolíticos, geoestratégicos e geo-econômicos. Sobre outros temas também, claro. E sobre nossas lembranças de infância, de estudantes, de leitores. Ressalta-se que Faye foi aluno de um colégio de jesuítas em Angoulême, sua cidade natal. Lá adquiriu uma sólida formação greco-latina, a partir da qual, sem dizer, o que é uma pena, ele desenvolveu sua metapolítica original. Voltarei a isso.